Para
entender a criação dos elementos pesados e dos corpos celestes existentes em
nosso Universo, é crucial sabermos como se formaram as primeiras estrelas, a
partir daí vamos conhecer qual a relação que nós temos com o Cosmo, uma relação
mais profunda do que imaginamos.
Conforme
estudos realizados justamente para decifrar em que época aproximadamente
surgiram as primeiras estrelas, os cientistas chegaram a algumas conclusões,
por exemplo: sabe-se que provavelmente esses corpos começaram a aparecer após a
emissão da radiação cósmica de fundo, cerca de 380 mil anos depois do Big Bang.
Calcula-se que as primeiras galáxias e estrelas, surgiram a aproximadamente 200
milhões de anos, porém, ainda há dúvidas a respeito do que nasceu primeiro,
estrelas ou galáxias.
Os
cientistas dividiram as estrelas em grupos, estrelas de população III, as
primeiras que surgiram; as de população II, que surgiram mais tarde e as de
população I, as mais “novas” do nosso Universo. Apesar de sabermos muitas
coisas sobre as estrelas de população III, nunca chegamos a observar uma, já
que a estrela mais velha já observada se encontra no grupo II, a HD 140283 com
cerca de 13,2 bilhões de anos.
A
formação das primeiras estrelas, só ocorreu quando o Universo esfriou e
permitiu que átomos de hidrogênio e hélio se formassem, tornando o Universo uma
mistura desses elementos. Essa matéria foi se distribuindo de forma desigual,
tanto que milhões de anos depois essa densidade irregular passou a se aglomerar
e formar caroços, eram as primeiras estrelas.
A
quantidade desses elementos era exorbitante, por isso, intui-se que essas
estrelas podem ter sido imensas. Por não conter outros elementos mais pesados
(metálicos) que ajudam no resfriamento de estrelas mais novas, essas gigantes
também eram muito quentes e giravam muito rápido. Além disso, eram muito
massivas e por esse motivo, seu tempo de vida era curto, assim como as estrelas
que conhecemos que também tem massa relativamente grande.
Mas
o que isso tem a ver conosco¿ Bem, os elementos mais pesados, como carbono, ferro,
oxigênio, silício, e tantos outros, foram criados no interior de estrelas
através de reações nucleares que ocorriam em seus núcleos, e que ainda ocorrem.
Vale lembrar que os elementos mais pesados são formados nas regiões mais
quentes das estrelas, portanto, quanto mais longe do núcleo da estrela, mais
leves serão os elementos que surgirão. Como sabemos, quando uma estrela muito
massiva morre, grandes explosões chamadas de supernovas espalham seus restos
pelo espaço, esses restos, vagam pelo Cosmo encontrando novos agrupamentos e
criando outros corpos.
A
Terra é a nossa base de conhecimento dos elementos, e sabemos que todos aqueles
que encontramos aqui, podem ser encontrados no resto do Universo. Para que
nosso planeta, assim como tantos outros, pudesse conter todos esses elementos,
estrelas e mais estrelas tiveram que explodir para doar sua matéria graciosa
através do espaço, tudo o que conhecemos são feitos de átomos dessa matéria, a
vida na Terra só foi possível por causa desses elementos, há carbono em nossas
células, ferro em nosso sangue e o oxigênio é essencial para nossa vida. Os
restos das estrelas somos nós e como um velho sábio disse uma vez, “somos
poeira de estrelas”.
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