Por: Tainá Fragoso
A
astronomia é a ciência mais antiga que se tem conhecimento. A humanidade desde
sempre buscou respostas para o que ocorria no céu, porque o dia e a noite? O
que eram aqueles objetos que apareciam no céu e desapareciam da mesma forma?
Porque pontinhos brilhantes que mudavam sua posição com o tempo? De onde veio
tudo o que existe?
Essas
perguntas foram feitas por vários povos, várias civilizações, que encontraram
respostas diferentes de acordo com suas crenças. Na religião hindu, por
exemplo, temos a origem do Universo pela dança de Xiva, que após seu descanso
inicia sua dança criando toda a matéria e os fenômenos que existem, e quando
volta a descansar, destrói tudo por meio do fogo, portanto o Universo é
cíclico, inicia-se e é destruído infinitas vezes. Há também o mito do ovo
cósmico de P’anKu, em que um ovo é gerado e este ovo dá origem a Terra e ao
Firmamento. Para explicar as estrelas disseram que era fogo, dizia-se que havia
esferas de madeira que as prendiam lá no alto, depois diziam que essas esferas
eram de cristal e que havia várias camadas delas. Mas nós evoluímos, e conosco
evoluiu também o raciocínio e o método científico. Vamos conhecer agora a
teoria mais aceita (em parte) da origem do Universo na ciência moderna: a
Teoria do Big Bang.
Segundo a
Teoria do Big Bang, tudo o que conhecemos foi criado a partir da expansão do
Universo através de uma grande explosão (e põe grande nisso!), gerada de uma
reação na singularidade (matéria comprimida num espaço extremamente pequeno e
infinitamente quente e denso) primordial, mas essa teoria tinha alguns
problemas, problemas esses que foram neutralizados através de outra teoria, a
inflação cósmica. Esta, por sua vez, afirma que o Universo em seu momento
inicial, sofreu uma inflação muito grande através de uma força que age contra a
gravidade (ao invés de atrair, ela afasta), possibilitando e explicando o
porquê de um crescimento tão exponencial em um período de tempo tão enormemente
pequeno.
No início,
tudo era quente e nada poderia acontecer naquela sopa fervente de matéria e
energia, mas ao longo da expansão o Universo começou a resfriar e possibilitar
que os quarks (partículas elementares) se unissem, formando os hádrons.
Consequentemente prótons e nêutrons iniciaram um processo de formação de
núcleos atômicos (apesar de alguns cientistas acharem que o resfriamento foi
uma consequência da formação dos núcleos), esse período foi denominado
nucleossíntese, lembrando que tudo isso aconteceu segundos depois do início de
tudo, que chamamos de marco zero.
Cerca de 10 mil anos depois do momento inicial, o Universo já estava dominado
por essa matéria. A temperatura diminuiu novamente, e desta vez, os núcleos
atômicos já formados (os primeiros núcleos foram de hidrogênio, hélio e lítio),
começaram a se juntar com elétrons, e assim, surgem os primeiros átomos
completos destes elementos, até aí se passou cerca de 300 mil anos.
Depois disso ainda
há a formação das galáxias e estrelas, a produção de elementos pesados e como
eles se espalharam pelo Universo, permitindo a criação dos planetas e
consequentemente da vida na Terra, mas esses são assuntos para outros textos.
Se você se
interessou pelo assunto e gostaria de aprofundar seus conhecimentos, aí vai o
link de um documentário da série O
Universo – Além do Big Bang do
canal THC, vale a pena conferir a
história tão complexa e tão bela de tudo o que nos cerca.
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